Acompanhando dezenas de profissionais de medicina nos últimos anos na nossa consultoria de marketing médico, percebemos que um profissional de medicina é sim uma marca.
Mas como? Você profissional de saúde pode se assustar com essa afirmação. Pode acreditar que marcas são para produtos, para empresas. Mas, se você fizer uma análise mais macro sobre o que significa a palavra marca em um contexto mercadológico verá que marca é tudo aquilo que pode ser avaliado.
Ora, médicos são constantemente avaliados. E quem são os juízes? São vários: os seus colegas de trabalho, seus empregadores, mas principalmente seus pacientes.
Profissionais de medicina sofrem com uma insana competição. A excessiva concentração de profissionais na região centro-sul do país aliada a uma massificação dos cursos de medicina, a proliferação dos planos de saúde e convênios médicos, aliada a incapacidade do leigo, ou seja, do seu paciente de avaliar, a priori, qual o melhor ou mais capacitado médico para resolver os seus problemas torna o exercício da profissão de medicina atualmente um desafio ainda maior do que foi há cerca de 20 ou 30 anos atrás.
Somado a esse cenário, a medicina historicamente sempre teve uma barreira muito grande com termos como marketing, publicidade, propaganda, gestão financeira. Esses são itens que não fazem parte da formação acadêmica do profissional e para alguns, ainda hoje, falar desses assuntos é uma verdadeira heresia.
Isso acontece, pela ignorância, aqui no sentido de desconhecimento, sobre a etimologia dos termos e a grande confusão que existe sobre o que cada uma dessas disciplinas realmente significa.
O ciclo da falência
Na nossa prática como consultores de marketing e gestão médica nos acompanhamos profissionais com grande conhecimento acadêmico, anos de prática médica mas que se mantem reféns de convênios médicos que pagam tabelas aviltantes e que simplesmente "assumem" a propriedade do tempo e do conhecimento do médico, obrigando-o a trabalhar cada vez mais para receber cada vez menos, fazendo-o entrar no que chamamos aqui na nossa consultoria de "ciclo da falência"
Esse ciclo envolve algumas etapas que silenciosamente vão envolvendo o profissional de medicina e que vão "matando" a sua carreira ao longo dos anos aprisionando-o a uma rotina que lhe parece saudável mas que na verdade é extremamente limitadora.
Geralmente esse ciclo envolve:
1 - Passa no vestibular de medicina;
2 - Dedica anos de estudo e investimento de tempo e dinheiro na formação médica;
3 - Muitos abrem o seu próprio consultório médico ou criam clínicas multi especialidades junto com outros colegas de profissão.
4 - Como faltam conhecimentos em marketing, gestão e vendas filiam-se a planos de convênios médicos e hospitalares que trazem um volume alto de pacientes que geram muito trabalho e pouco rendimento.
5 - Os médicos percebem que precisam se diferenciar e investem em mais do mesmo estudando novas especializações e títulos ou em equipamentos de ponto e infra-estrutura.
6 - Voltam ao passo 3.
Esse ciclo que nunca tem fim leva sempre a um acumulo de trabalho mas nunca a um aumento dos ganhos dos médicos levando fatalmente a frustração, a reclamação contra a profissão, contra os planos de saúde, contra o governo, contra tudo. Mas a solução esta em outro lugar...
Invertendo a lógica para ter novos resultados
Para mudar os resultados que você tem hoje é preciso fazer novas ações. Parece óbvio, certo? E é sim, mas a grande maioria dos profissionais de medicina continua fazendo mais do mesmo.
Encontramos grandes cirurgiões plásticos reclamando que passam 5 horas fazendo uma cirurgia reparadora de alta complexidade para receberem pouco mais de R$ 1.000,00 de um convênio médico pelo serviço. Precisa ser assim?
O fato é que é preciso inverter a lógica com a qual o médico trabalha atualmente para poder mudar seus resultados.
Existem atualmente profissionais que atendem 4 ou 5 consultas diárias cobrando valores de R$ 500,00 cada consulta e profissionais que atendem por convênio 30 pacientes por dia, numa rotina insana ganhando R$ 25,00 por consulta do convênio.
Você gostaria de estar no primeiro ou no segundo grupo? O que você acredita que faz a diferença entre os profissionais do primeiro grupo e os do segundo grupo? Diplomas? Títulos? Você ficaria surpreso de saber que recém-formados estão cobrando R$ 500,00 por consulta enquanto "veteranos" da mesma especialidades estão sofrendo para ganhar R$ 25,00 por consulta de um convênio?
Pois é, isso acontece hoje mesmo. Mágica? Não. Isso se chama Marketing, mas precisamente, segmentação, posicionamento, criação de marca e valor, persistência e tempo.
Todo médico é uma marca
O que todo profissional de saúde deve entender é que ele é uma marca. Queira você ou não, seu nome, sua reputação, sua credibilidade constroem a sua marca pessoal e profissional.
Cabe a você utilizar o marketing para fortalecer sua marca, para gerar reputação e credibilidade ou deixar que as pessoas construam a sua marca para você.
No primeiro caso você esta cuidando da sua marca, estará nesse caso fazendo um processo chamado branding, ou seja criando sua marca. No segundo caso, esta deixando sua marca a sua própria sorte.
Em um Brasil com 270 milhões de celulares, 120 milhões de pessoas conectadas à internet, 80 milhões de pessoas com TV a cabo deixar sua marca ao sabor dos ventos é brincar com a sorte.
Todo médico é uma marca lembre-se disso. Não da mais para ser passivo. É preciso que além da competência técnica na sua área de atuação, você adquira e desenvolva outras competências, como gestão, marketing, branding. Somente assim você conseguirá sair da camisa de força dos planos de convênio médico e atrair pacientes particulares pagantes.
A razão disso tudo é muito simples: uma marca forte vende. Uma pessoa paga R$ 1,00 por uma café na padaria da esquina e R$ 5,00 pelo mesmo café na Starbucks. Uma pessoa paga R$ 500,00 por um telefone cheio de recursos com sistema operacional Android e R$ 3.500,00 por um iPhone. A marca é o mais valioso ativo que um produto ou serviço pode ter.
Quer construir sua marca com profissional de saúde, dentro dos preceitos éticos da medicina, mas gerando pacientes particulares para seu consultório ou clínica? Entre em contato conosco e vamos conversar.
Sênior Marketing