A internet e as telecomunicações revolucionaram a forma com as pessoas e empresas se comunicam e consomem no mundo atual.
De um modelo em que as empresas investiam milhões de reais para tentarem aparecer para uma quantidade enorme de pessoas na tentativa de obter alguns poucos prospects qualificados, nos migramos, na era da internet, para um modelo onde o consumidor esta no comando.
Na era da internet o consumidor é quem define quando, como e onde vai consumir propaganda e informação. Mais que nunca o ciclo de compra esta totalmente sob o domínio do cliente, para desespero de algumas empresas e dos marketeiros de plantão.
Senão vejamos: O modelo de propaganda em massa no intervalo da novela favorita da rede Globo já não tem mais tanta efetividade como há 20 anos atrás. Claro, hoje as pessoas de forma geral, mesmo as de níveis educacionais e de renda mais baixa, assistem a televisão com um celular na mão ou um notebook ou tablet no colo.E quando chega a hora dos comerciais, aquelas mega empresas que investiram milhões de reais no horário nobre da TV estão disputando uma fatia do mercado com a loja do bairro que anuncia no Google Adwords!
Outro ponto que deve ser dada muita atenção por parte dos varejistas e prestadores de serviços, foi o impacto das mídias sociais no padrão de consumo. Com o advento do Facebook, Twitter e outras redes sociais (orkut) os brasileiros passaram a ter um outro parâmetro para comparar e comprar produtos e serviços. Se antes o que valia era a opinião daquela famosa e conceituada revista sobre automóveis, agora o que vale são as dicas e comentários dos proprietários satisfeitos e insatisfeitos com determinado modelo/marca.
A verdade é que gente tem muita mais credibilidade que instituições ou empresas. Pessoas acreditam em depoimentos de outras pessoas, que assim como elas estão sujeitas aos mesmos erros e critérios de avaliação. O chamado depoimento social sobre um bem ou serviço tem muito mais valor que a campanha estrelada por um ator global no horário nobre da televisão.
Essa inversão do controle tem deixado marqueteiros e donos de empresas que outrora investiam e investem milhões de reais em campanhas offline de cabelos em pé.
E essa é somente parte da agradável (para alguns) mudança que vem por ai. Com o avanço da velocidade das conexões de internet (4g), do alcance total da população brasileiro a tecnologia móvel e a lenta, porém crescente escolaridade do povo brasileiro vai tornar o modelo atual de promoção e propaganda totalmente desafado e sem lugar num curto espaço de tempo.
Estaremos todos preparados para lidar com essa mudança, hoje? O empresário ou empreendedor deve refletir sobre a mudança de comportamento do consumidor em mundo digital sem fronteiras onde comprar diretamente em um site chinês (aliexpress.com) faz mais sentido do que no comércio do seu bairro. É preciso tempo para digerir tantas mudanças, mas a inércia pode ser fatal.
Sr. Site