O QUE INTERESSA SÃO AGENDAMENTOS E NÃO CURTIDAS
Eu leio sobre marketing há mais de 25 anos e sobre o chamado marketing digital há cerca de 10 anos. É interessante como existem pessoas que querem simplificar e banalizar as estratégias de marketing digital como se tudo fosse muito simples e básico.
Ao que parece, basta publicar um bom conteúdo na sua fan page do Facebook ou outra rede social e aguardar o telefone tocar. Nada mais enganoso do que isso.
Para tentar ajudar a você médico, dentista ou outro profissional de saúde que já utilizou todas as "técnicas maravilhosas de marketing digital" que o guru do momento te ensinou naquele cursinho online e que NÃO deram certo para você, resolvi escrever esse artigo.
O Contexto
Veja, um serviço como odontologia ou medicina não são serviços básicos ou de compra recorrente. Toda vez que alguém vai procurar um médico ou um dentista ele passa por fases. Uma dessas fases é busca por informações. Em um mundo hiper conectado, não resta lugar a dúvidas que o seu potencial cliente vai em algum momento utilizar uma rede social como fonte de informações para a seleção e escolha de um profissional de saúde.
Acontece que não basta estar nas redes sociais. Também não é suficiente gerar conteúdo de qualidade. É comum ouvirmos objeções de profissionais de saúde que dizem ter posts que tiveram mais de 10.000 curtidas e que não geraram nenhum um paciente sequer.
Isso acontece porque o conteúdo é o catalisador mas não o elemento de conversão. A conversão na área de saúde utilizando marketing digital passa por gerar um agendamento de um paciente com seu consultório ou clínica.
Para gerar agendamentos o profissional de saúde que usa as redes sociais para captar pacientes deve entender que existem 5 etapas ou fase de utilização da rede que são gradativas e sequências até que os visitantes da sua fan page que curtiram seus posts realmente venham a marcar uma consulta. Vamos ver cada fase a seguir:
Fase de Aquisição
Nessa fase o potencial paciente simplesmente toma noção de que sua empresa de saúde existe. É a utilização das redes sociais para gerar consciência da marca, ou o chamado marketing institucional.
Muitas pessoas acreditam que likes são pacientes. Longe disso. Essa é a fase inicial onde alguém que esta navegando nas redes sociais e tem uma necessidade muitas vezes latente manifesta interesse em saber mais sobre seu serviço.
De nada adianta aqui o volume de curtidas. Imagine a situação onde sua clínica consegue 300 curtidas mas apenas 20 dessas pessoas são da sua cidade. Parece meio bobo, certo? Mas na grande maioria das vezes é exatamente o que acontece nessa fase. Um monte de likes ou a chamada métrica da vaidade, pois infla o ego do profissional de saúde que acredita ser realmente muito importante na sua área de atuação. Mas pacientes realmente...nada.
Fase de Ativação
Nessa fases as coisas começam a tomar um sentido. Todo post leva a um objetivo concreto. É o caso da clínica odontológica que publica um post sobre um e-book falando de clareamento dental e que direciona o visitante para uma página de captura, onde o visitante deve deixar mais informações sobre si, como email, nome, local de origem, etc.
Perceba que aqui começa um funil real, o chamado topo do funil, onde de visitantes que são ilustres desconhecidos começamos a perceber um perfil, ainda que genérico das pessoas que buscam e demonstram interesse pelo seu serviço.
Saiba que quando uma barreira é coloca, como um pedido de um email para fazer um download ou para acessar um vídeo, boa parte das pessoas que apenas curtiam sem interesse real de consumo, desistem do processo. Ou seja, você estará fazendo nessa fase uma primeira "peneira" dos seus curtidores.
Aqui também inicia-se um ciclo de automação de marketing onde os visitantes que demonstraram determinadas preferências são "nutridos" com mais informações relevantes até o momento em que recebem uma oferta que os leva a marcarem uma consulta.
Claro que o texto acima é uma simplificação enorme de um conjunto de processos, ferramentas e tecnologia que levadas a cabo, juntas, vão produzir de fato os primeiros agendamentos.
Fase de Retenção
Nessa fase é quando os visitantes que passaram pela fase de ativação e que se tornaram realmente pacientes passam a ter conteúdo direcionado a eles via redes sociais.
Aqui a procura é por gerar fidelização dos pacientes. É possível utilizando ferramentas específicas aumentar a recorrência do paciente no consultório, diminuir absenteísmo e a "vender" novos serviços para os mesmos pacientes já ativados.
Fase de Referência
Todo mundo da área de saúde sabe da importância das referências. Existem profissionais de dependem inteiramente dessa técnica.
Acontece que o famoso boca a boca custa caro. Sim, caro, porque para cada 1.000 pacientes atendidos, somente 1% ou 2%, ou seja, aqueles extremamente fidelizados e satisfeitos com seu trabalho vão tomar seu tempo para falar bem de você e do seu serviço.
Ora, utilize o poder das redes sociais para dar a esse pequeno exercito a capacidade de multiplicar o seu conteúdo para os seus contatos.
Isso é possível criar listas personalizadas dentro do Facebook por exemplo e impulsionando seus posts para esse público em específico.
Conclusão
De cada 10 clínicas que tive oportunidade de acompanhar 10 não tinham sucesso real com redes sociais. O que eles tinham eram likes e param por aí. Mas likes não geram, em volume suficiente, a quantidade de pacientes para sustentar uma clínica de porte médio para cima.
Para conseguir montar uma estratégia de redes sociais para profissionais de saúde que funcione, entre em contato conosco e converse com um consultor. Vai ser um prazer ajudar!!
Marketing de resultados para médicos, dentistas e outros profissionais de serviços