O frete é elemento fundamental dentro do processo de logística e na composição da matriz de custos e parte da estratégia empresarial de uma loja virtual.
De fato, o frete faz parte da composição da matriz de custos dos produtos comercializados na loja, mas também serve muito bem a parte estratégica da loja, já que pode se tornar um elemento de diferenciação perante o consumidor. O frete ainda é um elemento que contribui decisivamente para a conversão na loja virtual. Quando deparado com duas ofertas de valores similares, o frete pode ser o critério de desempate no momento da compra.
Entregar fora do prazo é jogar por terra todo o investimento realizado em divulgação, atração e conversão. Sim, um dos fatores críticos para o e-commerce é a entrega. E é exatamente ai que surgem muitos problemas, pois na ânsia de vender mais, o empreendedor online acaba por prometer aquilo que não pode cumprir.
Clientes que não recebem a mercadoria comprada no prazo correto são fontes de reclamações. Essas reclamações tem hoje em dia, uma caixa de ressonância com amplitude gigantesca que são as redes sociais. Se há 20 anos atrás um cliente insatisfeito manifestava sua insatisfação para 10 pessoas, hoje em dia, ele atinge milhares de pessoas postando suas reclamações em redes sociais ou portais de reclamações como o Reclame Aqui.
Então, caro empreendedor online, caso esteja no e-commerce ou pretende entrar nesse mercado, descubra algumas formas de trabalhar o frete na sua loja virtual:
1 - Escolha o parceiro correto
Correios ou transportadora? Bom, aqui cabe se perguntar sobre os custos envolvidos em uma decisão ou outra? Os Correios cobrem grande parte do território nacional e não exigem contrato para fazer as entregas. Basta o empreendedor ir até um agência dos correios e despachar a mercadoria para o seu cliente final usando a modalidade de frete escolhida no site (PAC, SEDEX, etc). Atende 100% dos casos? Não. Primeiro, porque dependendo do volume de vendas da sua loja virtual, repassar frete com custo zero pode tornar o negócio inviável. Segundo, porque a margem de manobra com os Correios em uma loja virtual com baixo volume de vendas é limitado.
Então, surgem as transportadoras como opção. Mas será que são mesmo? Novamente a palavra aqui é escala. Transportadoras exigem contratados e volume mínimo de transporte. Se seu e-commerce é novo ou o volume de vendas é baixo pode se tornar inviável investir em um contrato com uma transportadora. Nesse caso, o frete não pode ser usado como elemento de diferenciação com o risco de inviabilizar financeiramente as vendas (baixa margem de lucro).
O que fazer então? Comece com os Correios, invista em descontos para compras maiores e trabalhe o frete de forma estratégia para compras maiores. Com o passar do tempo e aumento das vendas, invista em um contrato com os Correios e encontre um operador logístico alternativo, pois os Correios costumam ter greves e paralisações anuais.
2 - Crie alternativas
Para e-commerce que tem grande parte da sua receita no mercado local é viável criar alternativas de divulgação como motoboy ou agências de courrier local. Em alguns casos vale a pena investir em um carro próprio para realizar entregas em um raio geográfico limitado. Novamente, a regra aqui é pensar na sua matriz de custos e não sacrificar sua margem a ponto de inviabilizar sua operação.
Concluindo, pode-se afirmar que erra o empreendedor que simplesmente coloca a opção de frete grátis a partir de determinado valor, acreditando que basta definir a entrega gratuita a partir de um ticket com valor X. De fato, a correta definição do frete passa por um mapeamento completo dos seus custos envolvendo uma análise dos fornecedores e parceiros logísticos envolvidos no seu processo de entrega. Enfim, o frete é um elemento de tamanha importância em um e-commerce para ser tratado superficialmente.
Sr. Site
Criação de lojas virtuais em São Paulo